Não se admire. Ao invés, recorde-se! (Do not wonder. Instead, remember!)
O Acordo de resgate negociado entre o governo grego (Syriza) e as entidades europeias (troika) será apenas debatido no parlamento de Atenas, i.e., sem ser votado pelos parlamentares.
Há quem defenda que esta decisão está relacionada com a oposição interna a Alexis Tsipras. Contundo, independentemente de a mesma se verificar, este tipo de postura nada tem a ver com a contestação dentro do Syriza. Não se surpreenda. Este é, pura e simplesmente, o comportamento típico das cúpulas da esquerda. É precisamente este tipo de postura que está no seu âmago.
Assim, como este é o habitual modus operandi e vivendi da esquerda, porque razão seria o Syriza diferente?
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The bailout agreement negotiated between the Greek government (Syriza) and the European entities (troika) will only be debated in Athens’ parliament, ie, without a parliamentary vote.
There those who defend that this decision is related with the internal opposition to Alexis Tsipras. However, regardless of whether its occurrence, this kind of attitude has nothing to do with the rising contestation within Syriza. Don’t be surprised. This is plain and simply the typical behavior of left leaderships: vote should be kept to a minimum.
It is precisely this kind of posture that is at its core.
Thus, as this is the usual modus operandi and vivendi, why should be Syriza any different?
Habemus … habemus!
Depois do irrevogável, tudo é possível.
Não sei que tipo de acordo foi conseguido. Sei que habemus … habemus.
Portas diz que o “acordo é bom para Portugal e para a coligação”.
Mas pouco revela ao Conselho Nacional do CDS.
Jorge Moreira da Silva afirma que o “entendimento reforça a coesão e estabilidade”.
Cavaco é o mais previsível. Sempre preferiu a estabilidade e é isso que vai exigir ou que exigiu.
A tensão e a instabilidade, interna e externa, aumentaram. Isso é incontornável.
Assim, o que temos são aparências, meras aparências.
Excepto a descredibilidade. Essa é bem real!
(oxalá esteja enganado).
Mr. 2,3 mil milhões de euros ou a quem passo o recibo?
Num só dia, a capitalização bolsista PSI-20 recuou 2,3 mil milhões de euros.
e não teve qualquer má intenção!
Não é dum descaramento vergonhoso?
Relativamente à manifestação popular do último Sábado, é uma verdadeira vergonha qualquer aproveitamento político.
Seja de quem for!
Louçã não foi o único a fazê-lo mas, declarações desta natureza provenientes deste senhor é demasiado descaramento.
Não. Não estou a exagerar.
Louçã recusou-se a representar quem o elegeu nas conversações com a Troika. Lembram-se?
Agora já se serve da mesma para os seus fins.
Mais recentemente disse que ia abandonar a liderança do BE.
Pelos vistos, fica a liderança bicéfala e ele quer outro poleiro.
Demagogos como este jamais chegarão ao poder pela via das eleições. Serão sempre marginais e, felizmente, incapazes de enganar a maioria da população.
15 Setembro de 2012
São 19:00. Já estou em casa. Acabei de vir da maior manifestação de cidadania que presenciei na minha vida.
Não me recordo de alguma vez ter visto a Av. dos Aliados com tanta gente. Tenho na memória uma manifestação da AD nos anos 80 do século passado. Não consigo dizer qual teria mais gente, mas isso não é importante. Existe, entre ambas, uma diferença fundamental. A de hoje não foi organizada por nenhum partido político!
Há anos que escrevo em favor duma mudança do sistema político e, sobretudo, procuro incentivar a participação activa dos portugueses na vida política do país.
Não podia estar mais contente com esta reacção popular.
Se bem aproveitada, esta dinâmica pode mudar Portugal!
Claro que existe a possibilidade de os actuais partidos se regenerarem. Mas esta hipotese será realista? Todos os partidos têm pessoas boas no seu seio, mas a verdade é que se transformaram em organizações fechadas à sociedade.
Cada vez mais me convenço que é necessário algo novo, que defenda a clarificação do sistema político pela alteração do Constituição, ou a adesão a um partido sem representação parlamentar e, consequentemente, sem vícios sistémicos.
No que me respeita, é o que irei fazer!
Felizmente tenho amigos e pessoas que ainda não conheci pessoalmente dispostas a ouvir e a colaborar.
O futuro vai ser construído por nós!
Soares, o exemplo … a não seguir
É inquestionável que a vitória de François Hollande vem trazer uma nova perspectiva sobre a orientação que gere a conduta económica no seio da Europa. No mínimo, que a austeridade por si só não é a solução – Eurobonds é uma excelente ideia – e que algo poderá ser acrescentado no Tratado Orçamental Europeu.
É igualmente inegável que esta nova realidade, no que respeita à actuação ao directório que tem estado a “condicionar” a UE, faz renascer alguma esperança.
Mas esse desejado crescimento já chegou? Hollande tem alguma varinha de condão que permita rácios de 5% de crescimento à economia portuguesa?
E existe alguma novidade no que Mário Soares diz?
É claro que não. Alguém se lembra da performance de Mário Soares como governante? Foi capaz de dar o exemplo e de reduzir a despesa de maneira a que a dívida nacional não crescesse?
Mário Soares só mostra que sempre foi um navegador de costa. Jamais seria capaz de descobrir seja o que for, pois nunca vê para além do horizonte. Procura isso sim, ser mais rápido do que os ventos da mudança. Contudo, só tenuemente foi por uma vez mudança e nunca mais o será.
E pior, ao defender a ruptura de acordos assinados, acordos que foram principalmente negociados pelo seu partido, denota que não evoluiu e que continua a considerar que o país deve servir o(s) partido(s) e não este(s) servir(em) Portugal.
Na minha opinião, o que Mário Soares deveria dizer é que todos estes esforços que os portugueses estão a fazer podem não servir para nada se as reformas estruturais não forem implementadas. Isto sim, era de estadista.
Mas pode Mário Soares advogar tal posição?
É evidente que não, porque se o fizer colocará o interesse do país à frente do interesse do PS. Ou não é igualmente o partido socialista um dos principais interessados em manter o “Status quo” como está?
Assim, resta perguntar qual é o ponto de viragem para um pais em incumprimento?
Há quanto tempo não digo isto?
Para resolver os problemas que nos afectam, a adopção de soluções conjunturais nunca será suficiente.
Quanto mais não seja, os últimos 37 anos deviam ensinar-nos isso.
Todo este esforço, que foi pedido aos portugueses e que estes estão a passar, poderá ser em vão se o essencial não for feito. Reformas estruturais, bem delineadas e organizadas, em vez de acções de cosmética, são primordiais para o futuro de Portugal.
Mais uma vez repito. Não me venham falar em pactos de regime.
O estabelecimento de objectivos e metas a atingir num prazo definido (por exemplo, 10 anos), adaptáveis ao evoluir das circunstâncias, tem que ser um desígnio nacional, suprapartidário, que todos representantes eleitos deviam cumprir (independentemente dos seus programas e promessas eleitorais, que implicam mudanças legislativas, frequentemente contraditórias, cada vez que se verifica uma troca no partido que governa).
P.S. – Desculpem puxar a brasa à minha sardinha, mas há quanto tempo não digo isto? Há quanto tempo não escrevo sobre isto?
Já nem a Troika nos vai salvar
Não tenho palavras para dois dos acontecimentos dos últimos dias.
O Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que fez passar o Primeiro-Ministro por mentiroso permanece em funções.
O Secretário de Estado da Energia, que quis defender os interesses dos portugueses e cumprir o acordo da Troika, demitiu-se.
O Governo de Pedro Passos Coelho começa a ser uma desilusão!
O Seguro conduz ao INSEGURO
A posição que o líder do maior partido da oposição – partido que negociou e assinou o acordo – manifestou à Troika já está a ter as suas consequências.
Leiam este artigo no Financial Times: “Lisbon under pressure on bail-out terms”
Que imagem estamos a passar?
E convém não esquecer que quem gastou o dinheiro que não tinha como se nunca o fosse pagar foi, principalmente, o “nosso amigo” José Sócrates!
Será que o afirmou a quem de direito?
O actual lider socialista, António José Seguro, tornou publica a sua discordância com alguns dos pontos acordados com a Troika.
Ora, quem negociou com Troika foi o Primeiro-Ministro de então, o socialista José Sócrates.
Será que os pontos de vista que agora manifestou foram afirmados, na devida altura, a quem de direito?
Memorando da Troika – 2ª revisão (20/Dez/2011)
Cortes nos salários e pensões tira 1,7 mil milhões ao fisco e Segurança Social
Empresas públicas proibidas de se endividarem junto dos privados
Aumento das receitas das empresas públicas pode chegar através de nova subida de preços e tarifas
Governo terá de poupar quase o dobro com a saúde em 2012
Organismos acumulam mais de 170 milhões em novas dívidas em atraso e violam meta
Governo alinha indemnizações por despedimento com média europeia entre 8 a 12 dias
Taxas moderadoras vão permitir encaixe de 200 milhões de euros em dois anos
Neste momento …
Vítor Gaspar, na Comissão Eventual de Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal da Assembleia da República, afirmou que, neste momento, não vê necessidade de mais medidas de austeridade para o ano de 2012.
Veremos o que se sucederá no(s) momento(s) do próximo ano.
(in)Gratidão
Francisco “tele-evangelista” Louçã é um verdadeiro ingrato.
Se há alguém que devia estar grato à Troika, esse alguém é o coordenador nacional(?) do BE.
Afinal, a troika e os fait-divers como a ligação dos (seus) correligionários ao BPN, afastam a atenção para a sua brilhante liderança que proporcionaram (ainda bem, na minha opinião) os últimos resultados eleitorais do Bloco.
Apesar de alguma constestação interna, não há dúvida que a mesma têm vindo a esmorecer.
No entanto, tal até não pode ser mal de todo…
Vitor Gaspar (5)
José Gomes Ferreira – O Estado admite entrar no capital social dos bancos que não passarem na avaliação da Troika?
Vitor Gaspar – Existem procedimentos supletivos que são conhecidos de todos.
Vitor Gaspar (3)
José Gomes Ferreira – Porque é que está a ir além do que está acordado com a Troika?
Vitor Gaspar – Para assegurar o cumprimentos dos objectivos previstos.
José Gomes Ferreira – Vai dizer à Troika que 78 mil milhões de euros não chegam?
Vitor Gaspar – De maneira nenhuma.
Vitor Gaspar (2)
Está previsto um aumento de 1200 milhões em receitas para 2012 e 2013.
Sem novos impostos? Alguém acredita?
Vitor Gaspar
José Gomes Ferreira – 3000 euros é ser rico? É um valor que pode dispensar as deduções fiscais?
Vitor Gaspar – Não há relação.
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