O Socialismo e a intransigente defesa da legalidade.
No Estado Novo havia corrupção, leis feitas à medida, cartéis. E não existia liberdade, responsabilidade, ética. É deveras curioso mas, considerando a realidade de 2018, devemos viver no Estado Velho!
Algumas notas introdutórias são necessárias para a compreensão desta reflexão. Primeiro, ética tem origem na palavra grega ethos que significa «costume superior» ou «portador de carácter» abrangendo pensamento e comportamento. Segundo, a maioria das pessoas desconhece que Adam Smith antes da Riqueza das Nações escreveu a Teoria dos Sentimentos Morais, cujo objecto de análise é a filosofia moral através do carácter. Sendo complementares não é possível dissociar os conceitos destas duas obras. Terceiro, a liberdade é um valor e não um instrumento ou um mecanismo. A liberdade é o mais alto dos valores e dela decorre toda a responsabilidade.
Sabemos que o socialismo opta pela igualdade em detrimento da liberdade. Ora, exigindo a liberdade responsabilidade e responsabilização, esta não é possível sem sustentação ética. Logo, a ética não é um requisito fundamental para o socialismo.
Meu artigo no Observador. Podem continuar a ler aqui!
A falta de vergonha bloquista continua.
É claro que não se estava a considerar parte nessa concentração. Louçã faz parte do conselho consultivo do Banco de Portugal. Todavia, como já não é deputado nem líder partidário, deve pensar que já não distorce nem concentra nada. Como se fosse possível, e a Francisco Louçã não é possível, deixar de fazer política apenas porque já não se dirige um partido. A exclusividade de Francisco Louçã agora é outra. No entanto, deve notar-se que esta exclusividade não só não é praticada ou cumprida como também não é impedimento para a acção política.
Não é que não exista uma ligação entre a política e a economia em Portugal. Contudo, as criticas de Louçã são incoerentes. Porquê? Porque Francisco Louçã também é um exemplo da máquina “muito bem oleada” de concentração de poder que rege Portugal. E, em boa verdade, Louçã não tem problemas com a concentração de poderes. Não. O que o aborrece é que sejam outros, e não ele, a concentrar o poder.
um homem leal — BLASFÉMIAS
O antigo mordomo do actual presidente da câmara do Porto é, por enquanto, ministro da defesa de Portugal. Como chegou S. Ex.ª a tão elevados cumes de soberania? Galgando-os por mérito próprio? Depende daquilo que entendermos por «mérito próprio». Mas, a verdade, é que parece ter sido um dos objectos trocados na transacção de poder […]
Da confiança na lei
Um dos principais elementos de estabilidade da democracia é a confiança que os cidadãos depositam nas leis que os regem. E embora seja natural que o correr dos tempos, que a evolução do convívio social e que o desenvolvimento tecnológico impliquem actualizações dos conteúdos dos diversos articulados da lei, existem limites quanto aos motivos que justificam essa adequação.
Em Portugal, a relação de confiança entre os eleitores e os seus representantes eleitos não é positiva. O nível de desconfiança entre estes e aqueles é elevado. Logo, o que seria de esperar do governo português era a introdução e a aplicação de medidas que diminuíssem este diferencial. Se a democracia já fica fragilizada com a desconfiança entre cidadãos e governantes, ficará muito mais corroída se os cidadãos deixarem de confiar na lei.
Já por variadas vezes vários governos portugueses modificaram a lei segundo os seus interesses. Mas, alterar a lei apenas para colocar pessoas em determinados lugares é ultrapassar os limites do razoável.
Não posso dizer que António Costa esteja a abrir a caixa de Pandora. Mas que está a escancará-la, está!
E posso reafirmar que o governo português volta a testar os limites da subversão.
Treta? Só enquanto for conveniente.
Catarina Martins anda numa cruzada contra o trabalho voluntário, que classifica como “treta”. Enquanto os voluntários trabalhavam para combater os incêndios, no BE imperava o silêncio. E, manifestando todo o seu oportunismo político, a líder do BE voou para a Madeira para ser fotografada com os voluntários … da treta.
Quem é que será a verdadeira treta?
Última hora: Sócrates convoca conferência
José Sócrates vai dirigir-se ao país, hoje, 7 de Agosto, às 22:30.
Esta conferência de imprensa foi convocada para falar da necessidade da terceira autoestrada Porto-Lisboa. Sócrates irá relembrar o quanto tinha razão neste ponto. As duas vias rápidas que ligam Porto a Lisboa tiveram de ser cortadas devido ao incêndios.
Contudo, existem suspeitas de terem sido elementos próximos do ex-Primeiro-Ministro os responsáveis pelo atear dos fogos!
Do descaramento e da regulamentação divina
Até ontem, Portugal sempre me pareceu um país pleno de salvadores, de direita e de esquerda (pese embora a preponderância desta), proclamadores das suas próprias virtudes e glória, convictos do seu destino e da necessidade dos portugueses neles.
Hoje sei que estava enganado. Os deuses abandonaram o Olimpo. Residem agora em Olisipo. E na sua divina previdência, desprovidos que quaisquer complexos e visando evitar mal-entendidos, avisaram os portugueses quanto à sua inimputabilidade.
Curiosamente, nem Costa nem Centeno deram a cara. Por um instante, coloquei a hipótese de ter sido por não conseguirem disfarçar o rubor da face, mas logo caí em mim. Que tolo fui. Os deuses não tem vergonha!
O ditame do Governo de Portugal, expresso através do seu mensageiro, Augusto Santos Silva, informou os portugueses que códigos humanos, como o Código de Conduta dos Trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira ou o Código do Procedimento Administrativo e todos aqueles que se referirem a responsabilidade dos titulares de cargos públicos, não são aplicáveis aos membros do Governo. Mais. Perante esta perturbadora ideia, o Governo irá elaborar um código de conduta, isento de qualquer formulação moral ou ética, que seja capaz de regulamentar o seu divino comportamento. Tanto o do passado como o do presente e do futuro porque para os deuses não há tempo. E os deuses que nos governam, particularmente estes, reincidem frequentemente neste tipo de comportamento.
Como tal, para o executivo não existe qualquer motivo para afastar os responsáveis pelas pastas dos assunto fiscais, da internacionalização e da indústria. Estes, não só tinham que receber estas pequenas dádivas como as mesmas decorreram duma obrigatoriedade de quem as ofereceu. As oferendas dos mortais (Galp) aos deuses (membros do Governo) são normais e costumeiras, sendo integralmente irrelevante qualquer conflito de interesses entre ambas as partes. Assim, se perdas existirem para o Estado, o Governo está seguro que os portugueses as aceitarão de cara aberta e que as suportarão com alegria no coração.
Ora, a escolha deste arauto não é inocente. Santos Silva, Ministro da Defesa do XVIII Governo Constitucional, tinha um cartão de crédito com um plafond mensal de 10 mil euros.Quando questionado sobre este cartão, Santos Silva confirmou a sua existência, mas acrescentou que não o tinha solicitado e que desconhecia o seu plafond. Todavia, utilizava-o. No total, os cartões atribuídos à sua tutela atingiam o plafond de 60 mil euros mensais. Para além disso, o Ministério que Santos Silva tutelava foi o único que não apresentou a documentação solicitada pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), para o apuramento de eventuais responsabilidades.
Não estranhem! A lei só obriga os mortais. Os deuses não se submetem a ela. Talvez por isso é que Santos Silva, já como membro do actual executivo, tenha voltado a infringir a lei e que tenha resolvido o caso com uma nova alegação de desconhecimento da norma e com o reembolso da diferença dum bilhete de classe executiva para um de classe económica.
Até ontem pensei que era indispensável para um membro do governo (e dos restantes órgãos públicos) observar e cumprir a lei.
Hoje sei que estava enganado. Basta-lhes desconhecer a ética, a lei e fazer o reembolso!
João Galamba, o homem dos ajustes improváveis
Já sabíamos que o João Galamba era um homem de ajustes criticáveis. Agora, passamos a ter a certeza que apenas é mal-educado, incapaz de criar entendimentos. Prefere, inquestionavelmente, as fracturas.
Qualquer pessoa sabe que a democracia é a procura de consensos. Assim sendo, que faz o Galamba num partido democrático?
Jerónimo dos milagres e os bons impostos
Para o líder do partido comunista português (PCP) existe uma diferença fundamental entre as medidas tributárias decididas pela direita e pela esquerda. Os impostos determinados por esta são bons enquanto os da direita são maus.
Vergonhosamente, Jerónimo de Sousa diz que o Orçamento de Estado (OE) não é do PCP, mas sim do partido socialista. Todavia, tem estado a negociar o mesmo. Não tarda muito, virá reclamar que as “boas” medidas incluídas no OE devem-se à acção do PCP.
A verdade é que os comunistas preparam-se para aprovar impostos. Contudo, tal não é motivo para crítica porque estes impostos são benéficos.
Não é o cidadão português quem vai pagar o aumento de taxas cobradas aos bancos. São os clientes destes. Não é o cidadão português quem vai pagar o aumento dos combustíveis. São os clientes das distribuidoras de combustíveis. Resumindo, os portugueses vão pagar mais. Cortesia do PS, PCP e BE.
Para além disso, à semelhança dos seus parceiros de coligação parlamentar, Jerónimo de Sousa já é um milagreiro.
Afirmou, na Maia, que correram “com o Governo PSD/CDS-PP e, se eles cá estivessem, nada deste pouco e limitado avanço que tem sido concretizado nas negociações com o Governo do PS, nada disso teria sido alcançado. Antes pelo contrário, teríamos o PSD/CDS-PP a continuar a impor uma política de exploração e empobrecimento”.
Também graças ao empenho comunista, no período de dias, Portugal reduziu significativamente o número de pobres. E o líder comunista vivencia um paradoxo, pois como aufere o salário de deputado é um homem rico!
Classificação?
Como se classifica a população que, em termos de rendimento, vive entre o salário mínimo e os mil e cem euros brutos mensais?
O Governo PS e a sua coligação de apoio parlamentar (BE e PCP) classificam como:
CLASSE MÉDIA!
Carlos César
Imagino que a primeira recomendação de Carlos César a António Costa, futuro Primeiro-Ministro, seja a compra do “Atlântida” para ajudar os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo?
Os parceiros dos acordos aplaudirão.
E tenho a certeza que contará com o apoio suplementar da CGTP-IN
O milagreiro dos entendimentos ou a procura dum almoço grátis
António Costa foi chamado a Belém. Tal facto não é nenhuma surpresa. Tal como também não deve espantar ninguém que o Presidente da República tenha apresentado uma lista de condições para indigitar o líder socialista.
O deplorável espetáculo que tem vindo a ser proporcionado, no que respeita ao nível e/ou grau de entendimento, pela coligação de apoio parlamentar à esquerda, justifica este pedido. Uma investidura é diferente duma legislatura. É esta, e não aquela, que garante estabilidade.
Revendo o que se passou desde as legislativas, o líder socialista disse ter acordo quando o mesmo não existia, dividiu a eventual união, repartindo-a em entendimentos sectoriais por ser incapaz de conseguir a sua conjugação, afirmou a sua discordância face aos seus apoiantes parlamentares quanto à política externa portuguesa ao aprovar iniciativas legislativas da coligação e, desde o dia em que assinou os entendimentos sectoriais, nada fez para minorar os efeitos das discordâncias públicas entre BE e PCP. Agora, no espaço de várias horas, diz ser capaz de assegurar o que não conseguiu em 15 dias de acordos. António Costa é um santo milagreiro que está obcecado pelo almoço grátis. Esperemos que a resposta do PS seja adequada, ou não creio que o obtenha. Aliás, já está a pagar o preço do mesmo. E, para mal dos seus pecados (de António Costa), Sócrates ofusca o horizonte.
Por fim, se António Costa apresentasse um documento assinado pelos três partidos surpreenderia toda a gente e demonstrava que o grau de união era superior ao percepcionado. Infelizmente, o líder socialista não é suficientemente humilde para o tentar.
Há demasiada prepotência no estado, pouca razoabilidade e quase nenhuma reciprocidade.
SMS Martins
Depois de ter sido recebida pelo Presidente da República, Catarina Martins, a líder do bloco de esquerda afirmou que existe “(…) uma solução estável, credível e duradoura, para o horizonte de uma legislatura (…)”.
Todavia, no Parlamento, a NATO dividiu a solução, afastou a credibilidade e obliterou o horizonte.
Já tivemos o camarada Cassete Carvalhas.
Agora temos a SMS Martins!
E a pluralidade. Não interessa?
Não é apenas por causa duma decisão estratégica que o BE e o PCP não querem fazer parte do governo de António Costa.
A verdadeira razão, que está disfarçada numa capa de estratégia, deve-se ao facto de ambos estes partidos não possuírem vocação governativa democrática.
A pluralidade não faz parte da sua essência!
Não se admire. Ao invés, recorde-se! (Do not wonder. Instead, remember!)
O Acordo de resgate negociado entre o governo grego (Syriza) e as entidades europeias (troika) será apenas debatido no parlamento de Atenas, i.e., sem ser votado pelos parlamentares.
Há quem defenda que esta decisão está relacionada com a oposição interna a Alexis Tsipras. Contundo, independentemente de a mesma se verificar, este tipo de postura nada tem a ver com a contestação dentro do Syriza. Não se surpreenda. Este é, pura e simplesmente, o comportamento típico das cúpulas da esquerda. É precisamente este tipo de postura que está no seu âmago.
Assim, como este é o habitual modus operandi e vivendi da esquerda, porque razão seria o Syriza diferente?
=======
The bailout agreement negotiated between the Greek government (Syriza) and the European entities (troika) will only be debated in Athens’ parliament, ie, without a parliamentary vote.
There those who defend that this decision is related with the internal opposition to Alexis Tsipras. However, regardless of whether its occurrence, this kind of attitude has nothing to do with the rising contestation within Syriza. Don’t be surprised. This is plain and simply the typical behavior of left leaderships: vote should be kept to a minimum.
It is precisely this kind of posture that is at its core.
Thus, as this is the usual modus operandi and vivendi, why should be Syriza any different?
Porquê apenas alguns?
!?
Nunca escondi que não gosto de Mário Soares, que considero ser um dos principais responsáveis pelo mau estado do Estado Português.
Naturalmente, Soares é livre de expressar a sua opinião.
Mas, porquê e porque razão apenas “estes senhores”?
Se existe característica que identifica Mário Soares, é a falta de vergonha!
Da discórdia dos bustos à concórdia comportamental.
Há mesmo quem tenha medo da história e que desconheça o passado.
O curioso é que ao defenderem a remoção de alguns dos bustos dos Presidentes da República, estão a praticar o mesmíssimo tipo de comportamento que dizem reprovar.
Há que diga ser contra a repressão mas que gosta de reprimir.
Não é estranho que o PCP e o BE assumam determinadas posições, pois não sendo partidos pluralistas até estão a ser coerentes.
Já o alinhamento do PS neste tipo de comportamentos é motivo de admiração.
Enquanto preocupações como estas forem motivo para tanto alarido e estiveram na agenda não admira que o país esteja como está.
A história não é só boa ou só má. E nunca deve ser seletiva sob o risco da lição não ser aprendida.
Haja paciência.
Tragicomédia?
Não encontro palavras para classificar o espetáculo que os candidatos socialistas a putativo Primeiro-Ministro de Portugal estão a propiciar, na televisão, aos portugueses.
É evidente que será impossível suprir algumas circunstâncias emocionais. Mas as mesmas devem ou deveriam ser geridas. Contudo, o objetivo desta pequena reflexão é expressar algumas diferenças entre os dois Antónios.
As condicionantes do poder parecem implicar determinados episódios de comportamento criticável. E estes são recorrentemente observáveis nos partidos com vocação, ou melhor, com necessidade de exercer o poder. Saliente-se que quem tem comportamentos são as pessoas e não as entidades. Na minha opinião, a manutenção ou obtenção do poder a todo o custo não é desejável. O líder sacrificável é um desses comportamentos e traduz uma primeira diferença entre Seguro e Costa.
Como nenhum homem governa um país sozinho, devemos ter atenção à equipa que o rodeia e aos apoios que reúne. Usualmente, competência e experiência são critérios a procurar numa equipa. Em ambos os casos, não vejo o mínimo desejável. Porém, os apoios de António Costa assustam-me consideravelmente. Por dois motivos. Primeiro, fazem parte daqueles que arruinaram Portugal, com a agravante de serem incapazes de reconhecer os erros passados pelo que duvido que tenham aprendido alguma coisa (humildade é a qualidade mais escassa na política portuguesa); Segundo, quem é que vai governar o país? Será António Costa, ou este vai ser uma mera marioneta?
Neste ponto, parece-me que Seguro representa um corte com o passado socialista.
É claro que a afirmação de Seguro que se demitiria antes de aumentar impostos é, para não usar outro termo, ingénua. E, por sua vez, o não comprometimento de Costa revela “manhosice”. Independentemente dos motivos de ambos, a verdade é que nenhum dos dois faz a mínima ideia da realidade do país. Nenhum dos dois parece prestar atenção ao que se passa à sua volta, procurando apenas expressar a sua visão da realidade. Para além disso, ninguém que tenha responsabilidades governativas poderá fugir aos factos das condicionantes económicas portuguesas. Incluindo os Antónios.
Qual dos dois estará melhor preparado para ser Primeiro-Ministro não me parece ser a questão principal. Quantas vezes esse não foi o argumento ou pensamento utilizado para fundamentar a escolha? E quantas vezes as expectativas não foram defraudadas? Se, porventura, a preparação do candidato for importante, o percurso de António Costa, pelos cargos desempenhados, parece ser mais imponente. Resta saber que resultados obteve e se, como principal responsável pelo governo da Câmara Municipal de Lisboa, conseguiu reduzir as despesas e a dívida da autarquia sem aumentar impostos?
Quanto a Seguro, considero particularmente interessantes algumas das suas votações como deputado, notoriamente à revelia do partido. Confesso que fiquei surpreendido com algumas.
Numa palavra final, pela súmula das minhas observações, percepções e impressões – dos debates e não só – direi que António José Seguro me transmite uma maior sensação de honestidade do que António Costa. Se votasse nas primárias do PS, este seria o meu fundamento.
P.S. – Não costumo fazer juízos de valor sobre ninguém mas gosto de criticar e de reflectir sobre os assuntos. É fácil afirmar coisas à distância e sem interesse directo nas questões. Contudo, se não estabelecemos limites para nós próprios quando vivenciarmos circunstâncias idênticas não praticaremos comportamentos distintos.
Demagogia ou preocupação genuína?
Mais uma vez voltamos à saída do euro. Contudo, desta vez, a dita une a primeira e a ultima opção.
João Ferreira do Amaral sempre afirmou que não deveríamos ter entrado no euro e igualmente sempre defendeu a saída do mesmo.
Louçã, aparentemente, defende a saída do mesmo como último recurso.
Contudo, para o objectivo deste post, devo relembrar que considero Francisco Louçã, aderente da quarta internacional, um dos piores demagogos da Portugal.
Na democracia representativa existem alturas em que é necessário co-responsabilizar a população por determinadas decisões. O instrumento para o efeito é o referendo. Ora, segundo Louçã, o referendo não é necessário para esta questão. Uma «meia-dúzia» de pessoas, presumo que criteriosamente selecionadas, serão suficientes para a decisão.
Há demagogos e demagogos. O Louçã é algo demagogicamente inclassificável. E revela-se um democrata a toda a prova.
Paradoxalmente, ou não, Louçã está a ser coerente, pois os demagogos extremistas sabem só chegam ao poder através de revoluções. Para isso, é preciso baralhar e manipular a população.
Quem leva com o impacto, imediato e profundo, diga-se, da desvalorização cambial são os que têm menos, são as famílias com menor rendimentos.
Assim, estou em crer que a verdadeira razão para Francisco Louçã defender esta solução é a esperança duma revolução.
Afinal, a revolução de 28 de Maio de 1926, trouxe-nos a União Nacional.
Pode ser que a próxima revolução (?) nos traga o Desígnio Proletário. Conduzido pelo Louçã. 😉
Valha-nos Deus!
P.S. – Ora digam lá quem é que agradecia a iniciativa portuguesa de saída do euro?
Recent Comments