Entre várias medidas que Catarina Martins e Jerónimo de Sousa estão a negociar para a viabilização do próximo orçamento de estado, está o agravamento do IRC, às empresas com maiores lucros, como contrapartida do aliviar do IRS.
Alguém, de bom senso, está surpreendido com esta escolha?
O que é paradoxal, é que o agravamento do IRC pode implicar despedimentos. Todavia, nem o PCP, nem o BE, se preocupam com os desempregados. Só com os trabalhadores. E nem estes podem ficar sossegados.
P.S. – Espero que estejam a fazer contas ao aumento de encargos sociais que poderão emergir desta medida. Infelizmente, creio que estarei a esperar demasiado.
Será que o Galamba sabe o que são impostos e pensões?
E, pelos vistos, devemos estar quase a franquear o paraíso socialista.
O OE2017 diminui as receitas, aumenta a despesa, e ainda consegue baixar o défice.
Vítor Gaspar, na Comissão Eventual de Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal da Assembleia da República, afirmou que, neste momento, não vê necessidade de mais medidas de austeridade para o ano de 2012.
Veremos o que se sucederá no(s) momento(s) do próximo ano.
Manuela Ferreira Leite criticou a política fiscal do Governo por a mesma essencialmente visar o aumento da receita.
Não é que não tenha razão, mas que moral tem esta senhora para dizer isto.
Quando foi Ministra da Finanças qual foi o montante de despesa que reduziu?
A postura do PS, personificada por Carlos Zorrinho, é integralmente deplorável.
Então a apresentação do OE 2012 é suficiente para o PS deixar de ter responsabilidade pela situação do país?
São políticos como este que levaram o país à bancarrota. E Portugal não pode continuar a ter pessoas deste calibre nos órgãos do Estado.
O que este senhor se esquece (convenientemente, diga-se!) é de mencionar quem foi que nos meteu nesta situação. É evidente que há mais responsáveis pelo estado actual de Portugal, e entre esses, o próprio Almeida Santos partilha responsabilidades, mas nenhum líder de Governo foi tão nefasto como José Sócrates.
Realmente, há pessoas que perderam a vergonha na cara e que se vergaram completamente aos interesses.
Para aqueles que ainda não se aperceberam, seja através duma abstenção, pela liberdade de voto ou com a conveniente falta de alguns deputados, o orçamento de estado vai passar no Parlamento.
Não é preciso ser doutorado em psicologia para se fazer o perfil psicológico do Primeiro-Ministro de Portugal. Basta observá-lo!
É nitidamente narcisista e egocêntrico, pelo que não é de estranhar que se considere omnifulgente. Para além disso, pondo em pratica a metodologia que o PS dizia ser o modus operandi de Alberto João Jardim e que tantos anos criticou, julga-se omnisciente e omnipresente.
Infelizmente para nós, portugueses, tais “qualidades” fazem com que viva desfasado da realidade.
Quais foram os erros do PSD?
Vários que, na minha opinião, se resumem a uma coisa muito simples. Mas já lá vamos.
Todos, exceptuando o PS, sabemos que o país está há anos economica e financeiramente mal.
Muito naturalmente, devia ter logo dito que se iria abster na votação parlamentar do orçamento, fazendo com que toda a responsabilidade fosse única e exclusivamente de José Sócrates e do PS.
Não o fez, preferindo sentar-se à mesa das negociações. Ora, esta atitude configura duas asneiras: primeiro, ao negociar a proposta de OE do PS estava a transferir para si parte da responsabilidade, pelo que uma abstenção do PSD na votação no Parlamento seria incompreensível; segundo, e não menos importante, partiu do princípio que o Governo estaria de boa-fé nas negociações e disponível para cedências.
Sim, o PSD tem razão na insistência pela redução da despesa. Contar apenas com a receita já há muito que não é suficiente.
Se há linha condutora que é possivel identificar em todos os Governos pós-25 de Abril de 1974 é o contínuo crescimento da despesa. Neste capítulo, os governos de José Sócrates são exemplares, tendo conseguido fazer do descontrole uma arte e da ilusão um valor acrescentado.
O principal problema do PSD foi a falta de senso comum.
Esqueceu-se de ver as suas costas nas costas dos outros. O PS também quer legislativas antecipadas.
Como o Portugal de hoje já não tem as possibilidades de 1851 nem o Ministro Teixeira dos Santos é um Fontes Pereira de Melo, talvez seja realmente melhor que o FMI venha visitar o nosso país.
Só assim haverá os cortes na despesa que efectivamente devem ser implementados.
Talvez assim aqueles que acumulam reformas – que existem em todas as cores partidárias – deixem de as receber.
Finalmente, não considero que a ruptura das negociações seja um erro. José Sócrates tem que aprender a respeitar a vontade que o povo expressa nos sufrágios.
Como é possível que o PSD se tenha abstido na votação do OE?
Em nome da estabilidade, vendem-se os principios e traem-se aqueles que votaram em nós.
Sim, votei PSD nas legislativas. Sem convicção, mas votei.
Tinha a esperança que a incoerência se cingisse ao episódio deplorável das listas de deputados.
É por isso que, em concordância com o Orçamento de Estado recentemente negociado, nenhum ministério têm a possibilidade de gastar mais do que o anterior exercício.
Segundo José Sócrates, o agravamento de IRS não é aumento de impostos. No entanto, e apesar da introdução da taxa de 45% sobre rendimentos superiores a 150 mil euros anuais, esta medida , para além de estar prevista no programa do Governo, não é um aumento de impostos devido à justiça fiscal.
Os resultados eleitorais surpreenderam nas votações alcançadas pelo CDS-PP e BE.
Não há dúvida que as metodologias das sondagens devem ser revistas. Talvez não fosse mal que os pressupostos da segunda lei da termodinâmica fossem considerados em futuras consultas.
O próximo Orçamento de Estado será aprovado com a abstenção do PSD e/ou do CDS-PP. José Sócrates tem mais a perder com uma ligação aos partidos à sua esquerda.
Mas a ver vamos.
Não me responsabilizo pelas opiniões expressas em comentários.
Opiniões contrárias são bem-vindas, e aceitarei toda e qualquer opinião, agradecendo que a mesma não seja mal-educada e/ou ofensiva.
Muito obrigado!
Sou Liberal!
Contudo, para mim, Liberdade não é apenas a possibilidade de escolher.
Liberdade é aceitar as responsabilidades da escolha!
É nesse pressuposto que partilho da ideia de liberalismo económico (na linha de Adam Smith e de Friedrich von Hayek)
VFS
Declaração de interesses
Para aqueles que não me conhecem, e mesmo para os que já me conhecem, nenhuma das minhas intervenções de cidadania, públicas ou privadas, visa a moralidade quer dos meus concidadãos, quer do país.
Não conheço ninguém que seja 100% moral! Eu não o sou.
Por outro lado, penso que todos seremos 100% humanos.
Como tal, tudo aquilo que faço é na procura da decência, especialmente no âmbito pessoal.
Dou sempre o benefício da dúvida. Evito ao máximo fazer juízos de valor, mas não me coíbo de expressar uma opinião crítica.
Há algo que toda e qualquer pessoa pode esperar de mim: Perguntas!
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