Alea jacta est!
Encruzilhadas, que significam dilemas e que implicam decisões, são uma constante do dia-a-dia da vida política. Qualquer político o sabe. Daí que o recurso a determinados instrumentos, como, por exemplo, consultadorias, análises e sondagens, seja habitual. Evidentemente, recorrer a terceiros não invalida que o próprio não faça a sua leitura dos contextos e do seu desenrolar. Em boa verdade, é primordial que o faça!
Uma das características fundamentais da decisão política é saber interpretar os momentos, principalmente aqueles onde se conjugam circunstâncias, incluindo as que não se controlam, que possibilitam resolver distintas condições simultaneamente.
Recentemente, António Costa viu-se perante um desses momentos, o qual, provavelmente, poderá ter sido sua Encruzilhada como Primeiro-Ministro.
Na questão da TSU, reuniram-se um conjunto de circunstâncias, aqui enunciadas nos dias 17, 18 e 19 de janeiro, que dificilmente voltarão a ocorrer. Na minha opinião, António Costa esteve perante o cenário ideal para poder almejar uma maioria socialista. No plano teórico, melhor era impossível.
E que fez António Costa? Revelou-se, ou melhor, confirmou-se desprovido das duas verdadeiras características da liderança: coragem (e sacrífico). Não me refiro apenas à falta de inteligência que manifestou. Refiro-me mesmo à falta de coragem e, simultaneamente, à falta de audácia, intrepidez e ousadia para arriscar.
Perante o Rubicão, António Costa fraquejou. Mas a sorte não deixou de ser lançada.
Nelson Mandela
Nelson Rolihlahla Mandela (18 de Julho de 1918 – 5 de Dezembro de 2013)
Nelson Mandela é a personificação do humano.
É a concretização da possibilidade humana.
É a afirmação que podemos ser melhores.
Nenhuma palavra será suficiente para descrever seres como este.
Felizmente para nós, não foi o único e outros aparecerão.
Mandela, tal como Gandhi, é um exemplo intemporal.
Deu-nos o exemplo da liderança do perdão.
Para mim, é a definição viva de algo que ainda novo tive a sorte de aprender:
Não sei nada enquanto não souber a diferença. E é ao aceitar a diferença que me torno inteiro.
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Não há palavras (2)
Não há palavras para o regresso (triunfal, alguns certamente dirão) deste homem.
Trata-se apenas do Primeiro-Ministro e ex-Primeiro Ministro que mais endividou Portugal!
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O fim do “el dorado” será tempo de revelação
A Europa viveu alguns anos de grande pujância e crescimento económico onde tudo era acessível, inclusive para aqueles que não tinham capacidade financeira.
E, no que nos diz respeito, até muito recentemente, mesmo após a crise financeira de 2008, os nossos representantes eleitos continuaram a gastar como se nada se passasse.
Ora, liderar em tempo de el dorado é fácil.
Também ser eleito o é. Basta continuar a alimentar a ilusão das massas.
Já em tempos complicados …
O carácter das pessoas revela-se nos tempos difíceis.
Os tempos que se aproximam vão revelar a fibra dos políticos portugueses.
Não quero que Portugal tenha líderes virtuosos, sem qualquer mácula. Apenas espero que apareçam homens de carácter, dispostos a servir o país e não a servir-se deste.
Creio, no entanto, que muitos dos nossos actuais eleitos (principalmente, nas autarquias) não sabem nem têm perfil para liderar em tempos de vacas magras!
P.S. – Ao interpretar o sonho, José avisa o Faraó para sete anos de abundância e sete anos de fome. Não é preciso ser vidente para saber que fazer com que sonhos em tornem em ilusões dá mau resultado. E desejo que a crise não se prolongue por sete anos.
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