“Volta Gaspar, estás perdoado!”
Vitor Gaspar, que herdou uma situação de gestão dificílima, resultante de 36 anos de maus hábitos políticos, de incompetência e impreparação governativa, as quais, relembre-se, foram levadas ao extremo durante o consulado “socretino”, foi impiedosamente atacado por colocar em prática o acordado entre os representantes do Estado Português – PS, PSD e CDS – e a Troika.
Não estou a fazer uma defesa integral das medidas que o ex-Ministro das finanças tomou, até porque não concordei com algumas, mas a verdade é que ele nada mais fez do que decidir segundo os dados que disponha e de acordo com o acreditava que devia ser feito.
A diferença entre as minhas criticas e a postura dos partidos políticos (não irei referir os que se recusaram representar nas conversações com a Troika quem neles votou nas legislativas), principalmente dos socialistas é substancial. Afinal, por questões de posicionamento político temporais e demagógicas, Vitor Gaspar foi inexoravelmente atacado, tanto a nível pessoal como profissional, por aqueles que representavam o executivo português e que assinaram o Memorando de Entendimento.
Será que o facto que já ter referido que já tinha perdoado Gaspar é suficiente para mitigar a indecência e deselegância com ele tidas? Será que não é possível criticar sem o recurso a determinados níveis?
Na minha opinião, este tipo de postura ilustra na perfeição a índole da grande maioria dos homens que nos representam.
Não devemos ter ilusões. A maioria dos nossos políticos são-no, quando muito, apenas como termo classificativo. Poucos são autênticos políticos. E raros são estadistas.
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