Presidenciais 2011 – Derrotados
Dos candidatos:
Manuel Alegre, Francisco Lopes e Defensor de Moura.
Dos não-candidatos:
Francisco Louçã
Presidenciais 2011 – 3ª leitura das sondagens
Quer se goste, quer se não, José Sócrates será um dos vencedores das eleições presidenciais.
Estrategicamente foi brilhante!
Apoiou Manuel Alegre para manter o PS intacto, ao satisfazer os pedidos dos socialista mais radicais. Para além disso, livra-se de fantasmas e ensina a Francisco Louça como se devem fazer purgas no século XXI.
Sócrates sempre quis Cavaco em Belém, pois este é mais previsível. Mesmo equacionando uma postura mais agressiva de Cavaco Silva no segundo mandato.
Presidenciais 2011 – 2ª leitura das sondagens
O Bloco de Esquerda, e particularmente Francisco Louça, serão os grandes derrotados das presidenciais 2011.
A aposta do BE em Manuel Alegre apenas se deveu a considerações estratégicas.
Depois do resultado obtido nas últimas eleições autárquicas, o BE constatou que está longe de ser um partido com implantação nacional. Tendo-se igualmente apercebido que a facção mais esquerdista do PS estaria descontente com a sua liderança, ao apoiar Manuel Alegre, Francisco Louça estava a tentar absorver parte dessa facção de modo a conseguir dois objectivos:
1º – melhorar a sua representação no território nacional;
2º – consolidar a sua posição onde já estava representado.
Não me parece que Francisco Louça vá ficar contente com os resultados e é muito provável que, devido a sua postura – as acções disciplinares contra os militantes que se recusaram a apoiar Alegre e afins- vá enfrentar contestação interna.
Há, na minha opinião, outro factor a considerar neste apoio do BE a Alegre.
Francisco Louça pode ter tido medo de obter um mau resultado eleitoral, o que, simultaneamente, desgastaria a sua imagem e a do BE.
Ministro de Estado
Já tinha considerado a possibilidade das pastas das finanças e economia irem, num governo de coligação, para o BE. Só não sei quem será o titular. Se uma convergência de esquerda acontecer, a certeza é que este senhor poderá ser Ministro de Estado (e vice-Primeiro-Ministro?).
Não falo por ninguém, mas ainda vou (vamos) ter saudades do Teixeira dos Santos.
Avisos à navegação
À atenção dos candidatos às legislativas 2009:
Devido aos excessos que nos conduziram à crise económica mundial, um pouco de prudência e de contenção verbal com os sinais que se vislumbram não será demais. A retoma poderá ser curta.
E mesmo considerando esta possibilidade, há que não cair na tentação da demagogia e não criar falsas expectativas nem à população, nem aos agentes económicos.
Garantias
Durante o debate de ontem, Francisco Louçã garantiu que o BE não fará um governo de coligação com o PS devido às divergências com a política económica seguida pelo PS.
Mas e se os titulares das pastas da economia e/ou finanças forem do BE?
É assim tão surpreendente?
Confesso que na maior parte das vezes não concordo com as análises do Daniel Oliveira.
Mas tal não impede que leia o que ele escreve.
Este artigo está fantástico.
No entanto, é assim tão surpreendente?
Para além de ser uma uma manta de retalhos, desde cedo que a personalidade dominante do BE foi o Francisco Louçã. Ora, sabendo qual é a linha orientadora da ideologia política do seu “presidente”, será realmente de estranhar que o BE venha a ter convulsões internas por causa da miragem e da passagem pelo poder?
Quer parecer-me que alguém anda a ficar desiludido. E não vai ser o único.
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