Na base do conhecimento está o erro

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Dignity

Dignidade

Ask a nation to manifest through a referêndum
is an example of dignity.

And fulfill the treaties signed? Or honor commitments?

It is also not worthy?


Pattern of behavior (2)

Greece-flag

Having in mind certain circumstances one can and must understand some decisions such us the latest agreement on Greece. However, we should not neglect the pattern of behavior evidenced by the greeks.

I do not share the general view about the Grexit.

When a unit loses one of its parts, after the adaptation of such loss the degree of cohesion is greater than the original.

Furthermore, the Greeks need again to be able to devalue a currency, which it’s impossible while they remain within the euro.


Coherence, consistency and consequences (Coerência, consistência e consequências)

To the best of my knowledge, no one is telling Mr.Tsipras and Mr. Varoufakis they can not fulfil the promises made to the greek people, expressed in Syriza’s political manifesto. They were legitimately elected and must be the first ones to know if it is possible to reconcile such promises with the Greek external obligations.

The greek government is within its rights to stop payments to creditors, an option consistent with the electoral promises.
And if they are not willing to come to terms with the Eurogroup, because of promises made, then they should be consistent with this position and accept the inherent responsibility: Leave the Euro and become the master of their own destiny.

Greece’s problem is much more endogenous than exogenous. Quite naturally, they want and cherish the welfare state. However, Greece is unable to support and sustain its own welfare state due to poor collection of taxes. This is a chronic problem, which the current greek government has not yet addressed.

Ironically, Tsipras and Varoufakis seem to be loyal followers of a german philosopher. Kant believed that one must do what is right regardless of the consequences.
But, in this case, the consequences will be experienced by the greeks.

Be that as it may, Portugal has a lot to gain with this standoff.

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Ninguém diz a Tsipras e Varoufakis que não podem cumprir as promessas feitas ao povo grego, expressas no manifesto político do Syriza.
Eles foram legitimamente eleitos e devem ser os primeiros a saber se é possível conciliar tais promessas com as obrigações externas gregas.

O governo grego está no seu direito de parar de pagamentos aos credores, uma opção consistente com as promessas eleitorais.
E se não estão dispostos a entrar em acordo com o Eurogrupo, por causa de promessas feitas, então eles devem ser coerentes com esta posição e aceitar a responsabilidade inerente: Deixar o Euro e tornarem-se mestres do seu próprio destino.

O problema da Grécia é muito mais endógeno do que exógeno. Muito naturalmente, os gregos querem e valorizam o estado social. No entanto, a Grécia é incapaz de apoiar e sustentar seu próprio estado social devido à má cobrança de impostos. Este é um problema crônico, que governo grego atual ainda não abordou.

Ironicamente, Tsipras e Varoufakis parecem ser fiéis seguidores de um filósofo alemão. Kant acreditava que um deve fazer o que é certo, independentemente das consequências.
Mas, neste caso, as conseqüências serão sentidas pelos gregos.

Seja como for, Portugal tem muito a ganhar com este impasse.


Demagogia ou preocupação genuína?

Mais uma vez voltamos à saída do euro. Contudo, desta vez, a dita une a primeira e a ultima opção.
João Ferreira do Amaral sempre afirmou que não deveríamos ter entrado no euro e igualmente sempre defendeu a saída do mesmo.
Louçã, aparentemente, defende a saída do mesmo como último recurso.

Contudo, para o objectivo deste post, devo relembrar que considero Francisco Louçã, aderente da quarta internacional, um dos piores demagogos da Portugal.

Na democracia representativa existem alturas em que é necessário co-responsabilizar a população por determinadas decisões. O instrumento para o efeito é o referendo. Ora, segundo Louçã, o referendo não é necessário para esta questão. Uma «meia-dúzia» de pessoas, presumo que criteriosamente selecionadas, serão suficientes para a decisão.

Há demagogos e demagogos. O Louçã é algo demagogicamente inclassificável. E revela-se um democrata a toda a prova.

Paradoxalmente, ou não, Louçã está a ser coerente, pois os demagogos extremistas sabem só chegam ao poder através de revoluções. Para isso, é preciso baralhar e manipular a população.
Quem leva com o impacto, imediato e profundo, diga-se, da desvalorização cambial são os que têm menos, são as famílias com menor rendimentos.

Assim, estou em crer que a verdadeira razão para Francisco Louçã defender esta solução é a esperança duma revolução.

Afinal, a revolução de 28 de Maio de 1926, trouxe-nos a União Nacional.
Pode ser que a próxima revolução (?) nos traga o Desígnio Proletário. Conduzido pelo Louçã. 😉

Valha-nos Deus!

P.S. – Ora digam lá quem é que agradecia a iniciativa portuguesa de saída do euro?


Todo o sagrado é profanável

Um dos melhores sinais para mensurar o nível de desorientação, de incapacidade e de incompetência para lidar com as circunstâncias é a cedência dos limites. O zénite de tal constatação é o redesenho unilateral da fronteira do sacrossanto. Claro que o sagrado é um conceito flutuante. Afinal, o que é que não é inviolável?

Se, eventualmente, seria tolerável uma variação de fronteiras na democracia representativa, por esta estar no âmbito político e depender, em ultima análise, da vontade individual de participação, uma profanação nos ritos da maior religião global – cuja circunferência é integralmente espiritual – a propriedade privada económica, concretamente, na confiança que rege o vínculo entre o banco e o depositante, irá para além do desejado e poderá colocar em risco o próprio regime, tanto económico como político.

Com este “(…) acordo sobre as regras de liquidação de bancos em dificuldades (…)”, a quebra da confiança é uma realidade.
Tendo sido anteriormente afirmado que a mesma seria apenas circunscrita ao Chipre, quem é que acredita que os depósitos com montantes inferiores a 100 mil euros são efectivamente sagrados?

Todo o sagrado é profanável!

Actualmente, esta é a regra. Infelizmente!


Lá se vai a confiança


As declarações de Jeroen Dijsselbloem, Presidente do Eurogrupo, revelam até que ponto vai o leque de possibilidades considerado.

Lamentavelmente, para além dos resultados práticos, a queda das bolsas, só serviram para aumentar a desconfiança dos investidores e da população face às instituições bancárias e aos dirigentes europeus.
Já não bastava a falta de confiança nas instituições económicas e políticas nacionais e respectivos intervenientes. Não. Era preciso fazer com que essa desconfiança aumentasse de grau.

Jeroen Dijsselbloem, em virtude das reacções dos mercados, veio horas depois corrigir as suas afirmações, dizendo que as medidas negociadas para o Chipre são apenas destinadas a este país e que não serão aplicadas nos restantes países já intervencionados.

Pior a emenda que o soneto. Infelizmente, a genuinidade das suas primeiras palavras fala por si.


Outra vez a Islândia?

Referir a Islândia e as medidas que os islandeses tomaram está na ordem do dia. Não digo que as mesmas não devam ser consideradas e que não sejam um exemplo a seguir. Mas não podem é ser adoptadas ipsis verbis.

Infelizmente, há algo que, sistematicamente, a maioria do nós parece esquecer. Não é apenas a questão da dimensão. A Islândia tem uma moeda própria (que foi brutalmente desvalorizada). Nós não. E antes que comecem a dizer que devemos sair do euro, é bom que se pense nas consequências dessa saída.

Em Portugal, hoje, um litro de leite meio-gordo custa cerca de 55 cêntimos (110,26 escudos) e um quilo de carne custa cerca de 3 euros (601,45 escudos). Amanhã, se sairmos do euro, passaremos a pagar por estes bens respectivamente 274,56 e 1.497,60 escudos. Num país que importa mais ou menos 75% da sua alimentação, um aumento desta magnitude no custo de vida terá enormes consequências. Sociais e não só!

É urgente modificar Portugal, mas para que as melhores decisões possam ser tomadas, é necessário informar a população sobre as implicações de determinadas escolhas.

P.S. – Um português que ganhe hoje 500 euros, verá o valor do seu rendimento em escudos diminuir quase duas vezes e meia (passará a receber perto de 40.257,43 escudos) ao mesmo tempo que o preço dos bens alimentares aumenta num rácio proporcionalmente inverso, i.e., duas vezes e meia.


Crise europeia (2)

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Crise europeia

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E se o Euro acabar (4)?

Entrar no Euro é muito bem capaz de ter sido um erro. Mas sair de livre vontade da zona Euro é outro.
Corrigir um erro com outro erro não é a solução.
E, verdade seja dita, para já Portugal não tem alternativa.

Agora, se o Euro acabar, isso será outra história.


E se o Euro acabar (3)?

Se tivermos em conta que Portugal tem uma dívida no produto no valor de 100% do PIB, e considerarmos que um retorno ao escudo poderá implicar uma desvalorização deste para metade, que implicações decorrem daqui no valor da riqueza nacional e na percentagem da dívida no produto?

A saída do Euro será a entrada de Portugal na bancarrota?


Andam todos à nora!

Enquanto o ministro francês dos assuntos europeus afirma que a zona euro sobreviverá sem a Grécia, a Comissão Europeia diz que não é possível permanecer na UE sem pertencer à zona euro.

Felizes dos países da UE que não aderiram ao euro.

P.S. – quem é que se está a rir?

 


Até que enfim!

Não creio que o referendo decidido pelo governo grego seja uma má ideia. Até considero que é uma brilhante posição política.

Papandreou, através do referendo, apenas permite ao povo ser ouvido e partilha com a população a responsabilidade.
Trata-se de democracia em acção.

Quais são os efeitos desta decisão?
Internamente, qualquer que seja o resultado do mesmo, irá clarificar a situação e pode muito bem acalmar a população, permitindo que o executivo grego – este ou outro – possa trabalhar em paz. Na falência ou não.
Externamente, como não me parece que a saida da Grécia do euro seja por si só suficiente para o colapso do sistema, creio que servirá para aliviar a pressão sobre os restantes países e levará à concentração de esforços.

Sim, é verdade que os mercados já se estão a manifestar. Mas deixariam de o fazer? É evidente que não. Podem é estar a perder a possibilidade de continuar a fazer tanta especulação.

Por fim, se, eventualmente, a população grega preferir sair do euro também é melhor que o faça já.

P.S. – verdade seja dita, estava a ser exigido ao Governo grego fazer o que nem Merkel ou Sarkozy seriam capazes de fazer! Independentemente disto, também há aqui uma quota de chantagem.


E se o Euro acabar (2)?

Consideremos as seguintes possibilidades:

1º  – a Eurozona desmembra-se e o Euro acaba;
2º  – a Eurozona mantém-se, mas os países do sul abandonam o Euro;
3º  – a Eurozona mantém-se, mas Portugal sai do Euro.

No que respeita ao caso concreto do nosso país, qual é o principal problema que decorre destas circunstâncias?

Não é difícil perceber que, para um país que importa 75% do que come, a desvalorização da moeda implicará um aumento brutal no preço dos bens de primeira necessidade e que o impacto social será elevado.

Estou convencido que, se Portugal sair do Euro e permanecer na União Europeia, irá vivenciar um período de convulsão social como nunca experimentou.
Não tendo um sector primário e secundário devidamente estruturados, Portugal não pode sair do Euro sem igualmente sair da União Europeia, pois para alimentar a sua população não poderá continuar a cumprir os articulados – regulamentos e directivas – europeus.

É claro que podemos entrar em incumprimento, mas por quanto tempo?


E se o Euro acabar?

 

Pelos vistos, é uma hipótese … em aberto.

Ou não? (aqui)


Nova moeda portuguesa

Numa eventual saída do grupo euro, já se sabe qual será o termo que identificará a unidade monetária portuguesa:

SUBMARINO

Nos ultimos tempos só temos ouvido falar de dois submarinos, quatro submarinos, seis submarinos, … como se duma moeda se tratasse.