Na base do conhecimento está o erro

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Decência e Defesa de interesses

Ent Listas RM

 

Dentro dos limites da lei, qualquer pessoa e/ou entidade pode fazer o que entender para defender os seus interesses, incluindo fazer uso do poder judicial se considerar que esta via é a única que garantirá a defesa dos mesmos. Tratando-se duma prerrogativa consagrada e possibilitada pela lei, e tendo em mente que a lei é apenas uma questão de interpretação, não há nada a dizer sobre isso.

Todavia, qualquer tipo de disputa, incluindo a eleitoral, não implica a falta de respeito pelos adversários.

A atitude do PSD e do seu candidato à Câmara Municipal do Porto (CMP), Álvaro Almeida,  deixou-me verdadeiramente perplexo. Não me refiro à questão da defesa daquilo que entendem ser os seus direitos, mas sim ao modo e forma da sua conduta.

Assim que teve conhecimento dos pareceres da Comissão Nacional de Eleições (CNE), quando ao conteúdo das siglas e da referência/utilização da palavra “partido” por parte dos movimentos independentes, Álvaro Almeida e o PSD, poderiam ter tido a cortesia de contactar a candidatura do seu adversário, Rui Moreira, sobre a circunstância em questão, apresentado a sua posição sobre o assunto e igualmente as iniciativas que tomariam se nada fosse alterado. Só depois duma iniciativa como esta é que a postura do PSD, e do seu candidato, seria mais compreensível e/ou aceitável.

Os argumentos parecem carecer de substanciação. Se há quatro anos, os portuenses não se enganaram e escolheram quem quiseram para liderar a cidade, porque motivo iriam agora ser induzidos em erro? Creio que o portuenses passaram a conhecer muito melhor o Dr. Rui Moreira. E porque razão é que a lista que o Dr. Rui Moreira lidera à CMP também foi impugnada? Ele é o candidato!

Para além do mais, a expressão utilizada pela candidatura independente do Dr. Rui Moreira – “Rui Moreira: Porto, O Nosso Partido” – nada mais é do que um mero lema ou slogan. Nunca poderia ser identificada com um partido. Primeiro, porque não existe semelhante partido. Segundo, porque o Porto não é um partido. É uma cidade.
Trata-se simplesmente duma figura de estilo que, traduzida num lema ou slogan, apenas procura exprimir o sentimento de identificação, de pertença, de amor e de querer bem à cidade do Porto.
Estou certo que tanto o Dr. Rui Moreira como os restantes candidatos que com ele concorrem à CMP, à Assembleia Municipal e às Juntas de Freguesia do Porto partilham deste sentimento: gostam e querem o melhor para a cidade do Porto.

É evidente que o objectivo final desta impugnação não é a denominação oficial da candidatura, mas sim impedir a recandidatura do Dr. Rui Moreira. Não existe qualquer outro! Estamos, portanto, perante um cenário que pode ser ilustrado pela expressão “ganhar na secretaria”. No entanto, para o PSD e seu candidato, ganhar nestas circunstâncias é uma ilusão. Não serão Álvaro Almeida, e o PSD, quem beneficiará com esta impugnação. Será antes Manuel Pizarro e o PS.
E, na consubstanciação desta situação, a impugnação das listas do Dr. Rui Moreira, o PSD deve preparar-se para o impacto da mesma nas próximas eleições legislativas.


Decência e educação? No BE não há!

dir-be

Filipe VI, Rei de Espanha, foi recebido na Assembleia da República Portuguesa. Após o término do seu discurso, os deputados do Bloco de Esquerda permaneceram sentados na sua bancada. Não tinham a obrigação de aplaudir, mas uma demonstração de educação não lhes ficava mal.

Justificaram a sua atitude afirmando defender a postura republicana que sempre os caracterizou e igualmente a sua lealdade à desvalorização de “relações de poder com base em relações de sangue e não em atos democráticos”.

Deve ser por isso que aprovaram o voto de pesar a Fidel Castro e que se congratulam com a “democracia” cubana? O facto de Raul Castro ser irmão de Fidel Castro é irrelevante. Não é sangue azul!

Cuba, que o bloquistas provavelmente classificam como democracia não pluralista, é o exemplo ideal para o BE. As eleições cubanas ilustram na perfeição o ideal bloquista de um sufrágio. É o que pretendem implementar em Portugal.

Incoerência já era uma das qualidades bloquistas. Agora sabemos que decência e educação também são lacunas.

 

 


Resistir. Sempre. Decência nunca será demais

O Paulo de Almeida Sande publicou um artigo n’Observador intitulado “O espaço público, púdico, pútrido”, onde aborda a forma e o conteúdo como as pessoas se tratam hoje em dia. A regra vigente é a da gratuidade do insulto e da agressão verbal.

Escrevi há uns anos num artigo académico a seguinte frase: No universo físico, tudo é uma questão de escala. No universo social, tudo é uma questão de opção.
Numa sociedade cada vez mais polarizada, apesar de censurável, o comportamento descrito neste artigo não é surpresa. Principalmente quando o entendimento que as pessoas possuem de liberdade está incompleto. Liberdade não é a possibilidade de escolher. Liberdade é aceitar as responsabilidades das escolhas.

Partilho das preocupações e da postura expressa neste artigo.
Resistir. Sempre. Muitas vezes testando os limites da paciência. E tê-la. Muita.


Declaração de interesses

 

Para aqueles que não me conhecem, e mesmo para os que já me conhecem, nenhuma das minhas intervenções de cidadania, públicas ou privadas, visa a moralidade quer dos meus concidadãos, quer do país.

Não conheço ninguém que seja 100% moral! Eu não o sou.
Por outro lado, penso que todos seremos 100% humanos.
Como tal, tudo aquilo que faço é na procura da decência, especialmente no âmbito pessoal.

Porém, há algo que toda e qualquer pessoa pode esperar de mim:
Perguntas!


É preciso ter lata (2)

O PS (ou alguns dos seus deputados) prepara(m)-se para votar contra o OE2012.

No entanto, estavam dispostos a votar favoravelmente o PEC IV, V, VI, etc.

Não há dúvida que a grande maioria dos nossos eleitos (sejam de que partido forem) são, no que respeita a valores e decência, inqualificáveis.

 


O PS e o voto no OE2012

Aparentemente, há no PS quem não tenha gostado do silêncio de José Sócrates [ou da sua (não) influência] relativamente ao voto socialista no Orçamento de Estado para 2012.

Coitado do homem. Não há maneira de o deixarem em paz. Ainda por cima quando ele está cheio de problemas.

Tem que estudar ética, o que, diga-se, para quem não a possui, é integralmente difícil.