Que pensar (3)?
A liberdade (incluindo a de expressão) é o mais alto dos valores e dela decorrem os restantes, nomeadamente, a dignidade.
Mas liberdade não é apenas a possibilidade de escolher. É aceitar a responsabilidade pelas escolhas que fazemos!
O Bispo das forças armadas tem, efectivamente, direito à sua opinião.
Porém, parece, convenientemente, esquecer-se que a austeridade não é uma causa mas uma consequência que deriva de todos aqueles que nos governaram desde 74, e, neste âmbito, muito particularmente dos governos José Sócrates.
Evidentemente, D. Januário Torgal Ferreira não é obrigado a pensar como eu penso.
No entanto, as suas declarações são emotivas e tendenciosas, para não dizer mais, e o modo como se expressou foi deplorável.
Na minha opinião, uma vez que há maneiras e maneiras para a expressão da opinião, considerando igualmente as opiniões que expressou nos últimos anos, é um homem que perdeu o bom senso.
Em tempo de tensão, os homens com experiência devem atenuá-la e não incendiá-la.
Acho muito bem que os homens da Igreja se manifestem e creio que sem a Igreja o estado (social) do país estaria num caos, mas ainda bem que no seu seio está a ocorrer uma mudança de gerações.
Com o devido respeito, alguns homens de posição da Igreja estão desfasados do tempo que vivemos.
Onde está o bom senso?
Fiquei estupefacto ao ouvir as declarações destes bispos da Igreja (aqui e aqui)!
Não ponho em causa a sua liberdade de expressão, mas não compreendo (ou aceito) a falta de bom senso.
Será que a Igreja quer sangue?
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