(A nova) Tolerância tuga
Os gregos podem votar no Syriza.
Os alemães não podem votar na Merkel.
E se o Euro acabar (4)?
Entrar no Euro é muito bem capaz de ter sido um erro. Mas sair de livre vontade da zona Euro é outro.
Corrigir um erro com outro erro não é a solução.
E, verdade seja dita, para já Portugal não tem alternativa.
Agora, se o Euro acabar, isso será outra história.
E se o Euro acabar (3)?
Se tivermos em conta que Portugal tem uma dívida no produto no valor de 100% do PIB, e considerarmos que um retorno ao escudo poderá implicar uma desvalorização deste para metade, que implicações decorrem daqui no valor da riqueza nacional e na percentagem da dívida no produto?
A saída do Euro será a entrada de Portugal na bancarrota?
E se o Euro acabar (2)?
Consideremos as seguintes possibilidades:
1º – a Eurozona desmembra-se e o Euro acaba;
2º – a Eurozona mantém-se, mas os países do sul abandonam o Euro;
3º – a Eurozona mantém-se, mas Portugal sai do Euro.
No que respeita ao caso concreto do nosso país, qual é o principal problema que decorre destas circunstâncias?
Não é difícil perceber que, para um país que importa 75% do que come, a desvalorização da moeda implicará um aumento brutal no preço dos bens de primeira necessidade e que o impacto social será elevado.
Estou convencido que, se Portugal sair do Euro e permanecer na União Europeia, irá vivenciar um período de convulsão social como nunca experimentou.
Não tendo um sector primário e secundário devidamente estruturados, Portugal não pode sair do Euro sem igualmente sair da União Europeia, pois para alimentar a sua população não poderá continuar a cumprir os articulados – regulamentos e directivas – europeus.
É claro que podemos entrar em incumprimento, mas por quanto tempo?
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