Insanável é o futuro de Portugal!
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Se a alternativa são homens como este,
insanável é o futuro de Portugal!
A práxis política portuguesa não evidência qualquer tipo de aprendizagem. Portanto, não é de estranhar que a população, ou grande parte dela, imite este tipo de comportamento:
Nada do que os outros fazem é positivo. Só o que eu faço é que está bem.
Seguro não concorda com nada do que o Governo fez e, como tal, as divergências são inultrapassáveis. Quando, eventualmente, for governo a mesma postura permanecerá a regra.
Portugal não terá futuro enquanto os líderes partidários defenderem e utilizarem processos binários de sim ou não, comigo ou contra mim. Este tipo de prática política não nos permite o presente quanto mais o futuro.
P.S. – Será o insanável irrevogável?
Quando no Verão passado o Presidente da República usou os seus poderes para tomar uma iniciativa que visava aproximar os vários partidos (e que para todos os efeitos os obrigou a sentarem-se à mesma mesa) para a obtenção de consensos para o futuro, no final tudo se resumiu aquilo que o PS decidisse. António José Seguro decidiu então “Não” e no dia seguinte os jornais mostraram-no em grande plano, pose triunfal e em letras garrafais “Não cedo a pressões”.
Recordo na altura ter dito a quase todos os meus amigos que “António José Seguro espetou uma facada a si próprio sem o saber”, e que a partir daquele momento ele nunca ganharia as próximas eleições: apenas o PSD as poderia perder.
A razão: um líder partidário, ainda com manifesta inexperiência no cargo, sem a imagem e personalidade de outros líderes socialistas do passado, havia perdido uma oportunidade única de se distanciar do passado recente do partida e traçar o seu próprio caminho. Sofreria imensas pressões, iria ter de fazer novas alianças no interior do partido e deixar cair antigas (Mário Soares provavelmente não lhe voltaria a dirigir a palavra), mas no final desse caminho teria renovado o partido assumindo-se como o líder que ninguém discute. Ou na altura não percebeu a oportunidade ou não quis perceber…
2014-03-19 at 11:47