“O que há-de ser de nós?” O costume … ou talvez não
No seu editorial de ontem, Pedro Santos Guerreiro (PSG) pergunta: “Que há-de ser de nós?”.
Numa alusão ao Portugal que já existia há dez anos e à permanência de determinadas circunstâncias, com a excepção da diminuição da esperança, PSG afirma, e muito bem, que a “notícia somos sempre nós”.
Os portugueses ainda não se sabem notícia. Pelo menos, na primeira pessoa. Infelizmente, andamos alheados da realidade. Já há dez anos o andávamos. Ou será que a corrupção é endémica aos portugueses e aceite naturalmente? É de agora que se confunde política com partidarismo? Sim, é verdade que se verifica um pequeno despertar. Mas, será esse acordar permanente ou assim que nos acenarem com outra cenoura voltamos à regência do comodismo?
A maior parte de nós continuará sentada no sofá a apontar o dedo a quem aparece na televisão. Os portugueses, ou a maioria deles, tem necessidade de duas coisas: primeiro, de culpar alguém pelos seus males e, segundo, do próximo ilusionista. É um modo sequencial de complacência. É a solução mais fácil. É a solução que perpetua o fado português da miséria e tristeza. É preferível chorar a fazer. Afinal, os portugueses sempre gostaram do Calimero (não é justo, não é justo…!)
Que há-de ser de nós? O costume. Ou talvez não. Felizmente, uma cor emergiu. Que dá passos pequenos mas eficazes. Que dará muitos mais. E não promete a salvação. Apenas trabalho. Porque para mudar o fado é preciso sair da cadeira.
O branco é a cor da paz. Também passará a ser a da persistência.
Nota final: A raiz da mudança está em nós! (já sei que sou repetitivo. Contudo, existem expressões que devem ser repetidas até à exaustão). Se não estão dispostos a mudar, não esperem mudanças. Principalmente, as que desejam!
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