Fazem parte do problema. Não querem redução de deputados.
António José Seguro anunciou que o PS apresentará até ao final do ano uma proposta para a redução do número de deputados da Assembleia da República.
Embora seja louvável – resta saber qual é a redução – não se deixa de vislumbrar populismo nesta medida o que nos leva a questionar o nível de convicção intrínseco à mesma.
Relativamente à problemática do sistema semi-presidencialista, sobre o qual o líder do PS nada disse, e que é o nosso principal problema de âmbito político, reservo os meus comentários.
Naturalmente, as reacções não se fizeram esperar.
E as mais intensas foram as do PCP e BE, tendo sido, diga-se, vergonhosamente exemplares.
Jerómino de Sousa diz que o PS quer alterar o princípio da proporcionalidade.
No que respeita a estes dois partidos, se existe coisa que não lhes interessa é a redução de deputados.
E não aceitam que o problema é o exagerado número de deputados e a escassa proporcionalidade entre o litoral e interior que resulta da distribuição plasmada na actual lei eleitoral.
É fácil usar o argumento “arco da governabilidade” e escudar-se em nunca terem estado no governo, mas PCP e BE não querem reformar o Estado ou tampouco diminuir a despesa.
Nem podem querer, caso contrário estão a renegar tudo aquilo em que acreditam.
Esta é a verdade:
PCP e BE jamais serão solução. Fazem parte do problema!
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