“é preciso transformar Portugal numa democracia do tipo europeu e ocidental. Uma democracia onde a vontade do povo fosse soberana, onde vigorasse o primado da pessoa humana, onde se eliminassem as injustiças sociais, sem perverter, nem violar as liberdades individuais e onde a criatividade dos portugueses se afirmasse plenamente”.
Este seria o ideal e justo posicionamento político, mas infelizmente não é assim que eles pensam, Onde deveria estar estado e povo, unidos, estão sempre separados. Consideram isto uma utopia revolucionária,
INFELIZMENTE!
Concordo integralmente com esta análise embora convenha salientar que diabolizar as agências de rating não me pareça de todo correcto. Estas apenas têm continuado a analisar os diversos países da mesma forma como sempre fizeram. O problema não reside na análise em si mas antes nos paradigmas em que a mesma assenta.
Enquanto as coisas correram sem sobressaltos essa análise foi elogiada e aceite/seguida de forma empenhada, o problema é que agora se começa a chegar à conclusão de que afinal há outros valores que se sobrepõem ao mercantilismo puro e simples.
Há muito que o humanismo e a solidariedade deixaram de ter o estatuto de prioridades e passaram apenas a ser meros adornos numa política calculista de rácios de rentabilidade. Confunde-se qualidade de vida com a disponibilidade de comodidades, a solidariedade com a caridade e a responsabilidade social com benesses onerosas para o erário público.
Por outro lado confunde-se o rendimento social de inserção com o convite ao ócio e utiliza-se o mesmo como forma de arrecadação de votos nas eleições.
Este problema que sentimos com especial acuidade em Portugal replica-se um pouco por todos os países europeus apenas e só porque os diversos Estados têm falhado por inação na sua responsbilidade moralizadora.
Também acho que o papel do Estado se deve resumir ao cumprimento dos desígnios básicos que distinguem a sociedade da barbárie mas sem nunca esquecer que no seu seio existem elementos que necessitam de ser responsáveis e responsabilizados pela sua integração social.
Penso que mais do que estarmos sempre a elencar os defeitos das nossas democracias seria necessário promover a discussão do tipo de sociedade que pretendemos. Continuar a insistir num modelo que promove a individualidade em deterimento da consciência colectiva ou o nacionalismo em deterimento da globalização social só nos vai levar a uma contínua perda de tempo e a um avolumar dos nossos problemas.
Não me responsabilizo pelas opiniões expressas em comentários.
Opiniões contrárias são bem-vindas, e aceitarei toda e qualquer opinião, agradecendo que a mesma não seja mal-educada e/ou ofensiva.
Muito obrigado!
Sou Liberal!
Contudo, para mim, Liberdade não é apenas a possibilidade de escolher.
Liberdade é aceitar as responsabilidades da escolha!
É nesse pressuposto que partilho da ideia de liberalismo económico (na linha de Adam Smith e de Friedrich von Hayek)
VFS
Declaração de interesses
Para aqueles que não me conhecem, e mesmo para os que já me conhecem, nenhuma das minhas intervenções de cidadania, públicas ou privadas, visa a moralidade quer dos meus concidadãos, quer do país.
Não conheço ninguém que seja 100% moral! Eu não o sou.
Por outro lado, penso que todos seremos 100% humanos.
Como tal, tudo aquilo que faço é na procura da decência, especialmente no âmbito pessoal.
Dou sempre o benefício da dúvida. Evito ao máximo fazer juízos de valor, mas não me coíbo de expressar uma opinião crítica.
Há algo que toda e qualquer pessoa pode esperar de mim: Perguntas!
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Querido amigo!
“é preciso transformar Portugal numa democracia do tipo europeu e ocidental. Uma democracia onde a vontade do povo fosse soberana, onde vigorasse o primado da pessoa humana, onde se eliminassem as injustiças sociais, sem perverter, nem violar as liberdades individuais e onde a criatividade dos portugueses se afirmasse plenamente”.
Este seria o ideal e justo posicionamento político, mas infelizmente não é assim que eles pensam, Onde deveria estar estado e povo, unidos, estão sempre separados. Consideram isto uma utopia revolucionária,
INFELIZMENTE!
Beijos
Mirze
2011-09-08 at 16:51
Parabéns pela claridade com que nos transmitiu o essencial do mundo perturbado que nos rodeia. parabéns especiais pelo intróito!
2011-09-10 at 2:40
Concordo integralmente com esta análise embora convenha salientar que diabolizar as agências de rating não me pareça de todo correcto. Estas apenas têm continuado a analisar os diversos países da mesma forma como sempre fizeram. O problema não reside na análise em si mas antes nos paradigmas em que a mesma assenta.
Enquanto as coisas correram sem sobressaltos essa análise foi elogiada e aceite/seguida de forma empenhada, o problema é que agora se começa a chegar à conclusão de que afinal há outros valores que se sobrepõem ao mercantilismo puro e simples.
Há muito que o humanismo e a solidariedade deixaram de ter o estatuto de prioridades e passaram apenas a ser meros adornos numa política calculista de rácios de rentabilidade. Confunde-se qualidade de vida com a disponibilidade de comodidades, a solidariedade com a caridade e a responsabilidade social com benesses onerosas para o erário público.
Por outro lado confunde-se o rendimento social de inserção com o convite ao ócio e utiliza-se o mesmo como forma de arrecadação de votos nas eleições.
Este problema que sentimos com especial acuidade em Portugal replica-se um pouco por todos os países europeus apenas e só porque os diversos Estados têm falhado por inação na sua responsbilidade moralizadora.
Também acho que o papel do Estado se deve resumir ao cumprimento dos desígnios básicos que distinguem a sociedade da barbárie mas sem nunca esquecer que no seu seio existem elementos que necessitam de ser responsáveis e responsabilizados pela sua integração social.
Penso que mais do que estarmos sempre a elencar os defeitos das nossas democracias seria necessário promover a discussão do tipo de sociedade que pretendemos. Continuar a insistir num modelo que promove a individualidade em deterimento da consciência colectiva ou o nacionalismo em deterimento da globalização social só nos vai levar a uma contínua perda de tempo e a um avolumar dos nossos problemas.
2011-09-11 at 11:32