Será que ainda vamos a tempo?
Tendo em conta a política de desenvolvimento seguida pelos sucessivos governos portugueses e das consequências da mesma no sector primário da nossa economia, independentemente das nuances climatérias, é de admirar que a produção portuguesa de cereais tenha chegado ao nível a que chegou?
A questão que se deve colocar é:
Será que ainda vamos a tempo de recuperar o sector primário português?
Pessoalmente, receio que o tempo que perdemos implique um período de recuperação demasiado longo para as necessidades imediatas, que vão ser agravadas pelo tempo de austeridade que vivemos.
Mas o importante é não continuarmos iludidos. Um país que importa 75% do que come, não é um país independente.
Por incrível que possa parecer, o que está em jogo é o nosso futuro como Nação.
Julgo ser um imperativo nacional a apresentação de medidas que visem o ressurgimento da agricultura e pescas. Em Portugal, há demasiados terrenos ao abandono que podem ser aproveitados e recuperados e~, no que respeita ao mar, ainda temos um know how e estruturas excelentes que podem – e devem – constituir um ponto de viragem.
Haja coragem política para fazer o que é imprescindível. Fartos do que é conveniente estamos nós.
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