Transitoriedade – eis o regente dos nossos dias … e dos que virão

É urgente olhar para o mundo que nos rodeia com olhos de ver.
Acabaram-se os empregos duradouros e também vão terminar os empregos de 5 anos. Aliás, muito provavelmente, os meus filhos irão trabalhar em actividades e/ou funções que ainda não foram desenvolvidas e/ou criadas.
A transitoriedade é inevitável. E esta condição não decorre do capital ou da exploração. Decorre do avanço tecnológico! O mundo já não é o dos nossos pais. E não será o dos nossos filhos ou netos. A robótica e a inteligência artificial (IA), entre outros campos, irão (r)evolucionar o mundo.
O que fica em aberto é o seguinte:
Paralelamente aos progressos que se verificam na conjugação da IA com a robótica, assistimos a evoluções na imunologia, biotecnologia e neurologia, entre outros campos, que irão, simultaneamente, prolongar consideravelmente a esperança de vida dos humanos, mantendo ou desenvolvendo a suas capacidades cognitivas.
Desta circunstância, aliada aos pressupostos inerentes à sustentabilidade da segurança social, decorre a necessidade de as pessoas terem de se reformar mais tarde. E possuirão capacidade para tal.
Pergunta:
Tendo em mente que estes dois fenómenos poderão ser antagónicos – IA e a robótica desempenharão tarefas que poderiam ser executadas por pessoas que terão de trabalhar mais tempo – e considerando que o rácio da segunda lei da termodinâmica tende a aumentar, pensa(m) que estas alterações irão acontecer naturalmente ou que iremos viver um período de ruptura e convulsão sociais?
Será que a próxima guerra vai ser por empregos?
P.S. – Outra reflexão sobre a transitoriedade: No limiar duma (r)evolução?
Rate this:
Partilhar / Share this:
Related
This entry was posted on 2010-09-26 by VFS. It was filed under cidadania, conhecimento, curiosidades, economia, estado, globalização, liberdade, opinião, portugal, relações internacionais, responsabilidade and was tagged with conhecimento, emprego, futuro, globalização, informação, mentalidade, portugal, responsabilidade, segurança social, sociedade, tecnologia.
Plenamente de acordo, Vicente.
2012-09-25 at 0:09